tag:blogger.com,1999:blog-16363116131267764772024-03-13T23:19:30.341-03:00Unusual GirlLarissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.comBlogger147125tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-2956902277642345322015-12-28T14:00:00.000-03:002015-12-28T14:00:49.164-03:00Sei lá. <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Faz tanto tempo. </span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tantas coisas mudaram. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Às vezes até parece que esqueci como escrever... Mas hoje, sei lá, acho que precisei por em palavras algumas coisas. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que ano, heim?! Que ano. Eu sei, você sabe. Que ano. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pra ano que vem, penso em tantas mudanças... talvez eu esteja dirigindo. E em dieta (Sim, mais uma vez. Eu sei. É. Vai que dessa vez funciona.). E no terceiro ano da faculdade (Mais pacientes. Mais responsabilidade.). Vida amorosa ta maravilhosa. Sei nem explicar como to feliz, chega até ser estranho. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">2015 ta me levando tanta coisa... me dando tanta coisa. Sei bem o que mudou, o que foi embora e o que chegou. Sei bem o quanto cresci. Sei todas as lágrimas derramadas, e todos os sorrisos. Sei as vezes que fraquejei, as que levantei e as que só fiquei deitada deixando as coisas pra lá. Sei que abandonei muitas coisas e que fui abandonada. Não sei se volta, não sei se quero de volta. Acho que 2016 vai deixar as coisas melhores. Encaminhadas, ajustadas. To sentindo que vai ser um bom ano, talvez um dos melhores da minha vida. No final dele, eu releio e isso e vejo se tava certa. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Geralmente, eu to certa. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-177805857159672952014-12-28T23:59:00.000-03:002014-12-29T00:01:11.934-03:00Felicidade de toque morno, gosto doce e coceirinha engraçada no nariz <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-guKIOV0n2pw/VKDCuwP2VnI/AAAAAAAAAao/wVzKUbhzUTc/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-guKIOV0n2pw/VKDCuwP2VnI/AAAAAAAAAao/wVzKUbhzUTc/s1600/large.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Ao pender a minha cabeça, com o ar
com cheiro de risadas e restando alguns resquícios delas, olhei para um ponto
fixo perdido enquanto recuperava o fôlego e sentia os músculos do rosto
reclamarem por trabalharem tanto. A mão entrelaçada com a minha no sofá e seu
dono me eram só carinho, e me faziam perceber a morna felicidade me preencher
as bochechas e o peito. Olhei para o lado sabendo exatamente o sorriso que ia
ver, mas ainda assim, me surpreendo ao vê-lo, como se sempre fosse um show
inédito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Deixando o pôr do sol regado a
séries com episódios longos e macarronada requentada, a noite chegou sem pedir
licença; as horas passavam rápido demais. A noite estava úmida, sentia quase
grudá-la sob a minha pele, enquanto caminhava pela rua com uma palma de mão
quente junto a minha, embora as pontas dos dedos insistissem em usar o dorso da
minha mão para batucar uma melodia desconhecida a mim. Crianças da vizinhança
corriam pela rua estreita, avistamos um morcego voar ao longe e ouvi uma piada
idiota e bobinha envolvendo Batman e ele precisar ir, que inevitavelmente me
fez rir de novo e ele sorrir presunçoso em resposta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Paramos em um ponto perdido da
rua, à espera da vontade de despedidas que nunca vinham. As mãos entrelaçadas
despertaram uma guerra silenciosa de dedões, que eu sempre (ou quase sempre)
ganhava. Após a minha vitória e uma pequena discussão sobre como eu tinha
roubado por ter conseguido permanecer invicta por três vezes seguidas, houve um
beijo em forma de sorriso e uma declaração sussurrada mútua, que fez a
felicidade morna se derramar na minha boca e seu gosto doce me inundar, o mesmo
gosto doce daquele beijo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Um abraço me envolveu e a
movimentação dos braços envolta de mim já era familiar, reconfortante e
necessária. As despedidas repetitivas queriam encerrar o dia, mas o abraço não
frouxava. Após as mãos desatarem, os dedos se tocarem pela última vez, os
corpos se separaram com resistência, e olhamos nos rostos um do outro e ali não
couberam palavras, só um aceno para depois sairmos andando. Ouvi um “Ei moça,
eu te amo!” gritado da rua, e eu sorri ao responder “Eu sei!” e sussurrar para
mim mesma que também o amava.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A vizinha de três casas após a
minha me olhou daquele jeito compadecido de quem já viu aquilo tudo várias
vezes, e eu sorri de volta ao perceber que aquela cena iria se repetir várias e
várias vezes mais, porque a felicidade só me preenchia, só transbordava, e ela
tinha um toque morno, gosto doce e coceirinha engraçada no nariz, como um bom
beijo tem. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-48428894249308114402014-07-21T20:46:00.004-03:002014-07-21T20:58:36.790-03:00Meros devaneios. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data3.whicdn.com/images/127240248/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data3.whicdn.com/images/127240248/large.jpg" height="320" width="279" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Constantemente reflito sobre pontos naturais da rotina. Aqueles sorrisos idiotas ao lembrar algum fato bom, seja uma piada completamente sem graça mas que riu até a barriga doer, seja um beijo roubado entre sussurros numa tarde quente; ou aquele embrulho no estômago quando percebe que em certos pontos da sua vida a coisa anda meio amarrada, em um nó de confusão e desencontros. O modo como vivemos a vida, ou sobrevivemos, tem vários detalhes que - se olhar bem de perto, com carinho e atenção - brilham feito pequenos caquinhos de vidro ao sol. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nós, meros humanos, somos uma junção de caquinhos de vidro: por um lado lindos e por outro perigosos, podemos fazer alguém sangrar. Como diz A Morte em certo livro "os humanos me assombram", e depois de refletir o suficiente esta frase, percebo que faz todo o sentido... somos assombrosos, somos magníficos e terríveis, de um extremo ao outro, como uma erupção vulcânica pode ser dependendo da perspectiva. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sem falar do que somos feitos... E aqui eu não me refiro ao esqueleto, aos músculos, à pele ou o coração que pulsa, mas sobre como o meio nos modifica, como a situação nos modifica, sobre do que são feitos os sentimentos e pensamentos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cada um é diferente, cada um é moldado à seus sofrimentos e glórias. A dor ensina mais que o amor, mas o amor molda melhor que a dor... são necessárias doses certas. Obviamente, não vivemos num mundo ideal, há sempre dois pesos e duas medidas, e de repente tudo é uma perfeita confusão: sentir é complicado, pensar é complicado, cada um com seu peso e sua medida de sofrimento e amor e essa é a grande diferença de um ser humano e outro: o amor e a dor podem criar desde o mais belo anjo ao monstro tenebroso. É complicado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não sei exatamente qual dos dois sou, não sei sequer se é possível saber, só sei que esses meus devaneios só não me enlouquecem porque antes disso as palavras fogem e se organizam, aqui, belas e cálidas, em forma de frases e linhas. E você lê. Obrigada por ler. São só meros devaneios... não se preocupe, eu também sou feita de cacos de vidro. Olhe contra o sol, posso produzir belos reflexos... talvez até muitas cores, mas eu também sangro. </span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-35062665171547937232014-05-25T21:55:00.000-03:002014-05-27T22:32:50.284-03:00Menina do sorriso largo e olhos tristes. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-isaHFFmmjgE/U4KQh2jScbI/AAAAAAAAAZ4/GUM6EiweRm0/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-isaHFFmmjgE/U4KQh2jScbI/AAAAAAAAAZ4/GUM6EiweRm0/s1600/large.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ah, menina do sorriso largo e olhos tristes, como é engraçado te ver todo o dia respirar fundo e encarar o mundo. Quão estranha és diante de todos e ao mesmo tempo familiar, como se o mundo te abraçasse e enquanto sussurra "sai pra lá". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por que tão sozinha, garota? Por que tantos amigos e ao mesmo tempo sem nenhum? Por que tanta auto confiança nesse rostinho de boneca enquanto por dentro desmorona? Por que quer ser sempre de ferro mas por dentro de areia? O que ganhas? Onde queres chegar? </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ah, se todos pudessem ver essa tua tristeza profunda por trás desses olhos multicoloridos...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se desintoxica, querida. Vomita essas palavras, grita pro mundo. Acaba com esse comichão dentro de ti, ri e chora pra ver se essa amargura passa. Corre de olhos fechados, deixa o vento estapear teu rosto, grita pro nada... grita pro tudo! Te limpa de dentro pra fora, te renova, te aceita, te ama. Te ama. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vem, já é hora de parar de chorar. Ora, venha. Jogo do contente, pequenina. Lembre-se. Tudo vai ficar bem. Sim, eu sei, nada está bem agora mas vai melhorar. Pense positivo. Respire. Há esperança, certo? É, sei que agora parece não ter... e pra falar a verdade, quase nunca parece ter. Mas tem. Vai ficar tudo bem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fique bem, menina do sorriso largo e olhos tristes. Fique bem. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-12855026961867820562014-04-08T23:42:00.000-03:002014-04-08T23:42:28.456-03:00Nova vida.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Vw1z5Tbh7ws/U0SzQ5nrxnI/AAAAAAAAAZo/Ujo8rromJaY/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Vw1z5Tbh7ws/U0SzQ5nrxnI/AAAAAAAAAZo/Ujo8rromJaY/s1600/large.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A garota poderia ter medo, quem sabe, de tudo o que estava
por vir. Muitas têm. Ela sequer estremeceu. Ficou ansiosa, talvez nervosa, mas
não com medo. Não, não era coragem, mas era excesso de medo – e as vezes o
excesso faz isso com as pessoas: ele as deixa entorpecida. Nem sabia que as
novidades, os acontecimentos, poderiam ser tão velozes! Como a vida dela mudou
tão rápido? Antes o horizonte era tão próximo, o céu tão baixo, as perspectivas
eram leves e quase inexistentes. E agora... ela olha ao redor e mal acredita na
vida que está entranhada nela, que a possuiu, que a envolveu e engoliu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nenhum plano seguiu seu curso, todos falharam mas outros
surgiram e de repente viraram a vida dela. Agora acorda cedo, carrega livros
gigantes e pesados nos braços, mexe em cadáveres, passa o dia perambulando
entre salas de aula, laboratórios e bibliotecas. A exaustão é morna e pesada,
está sempre presente no final de cada dia, no entanto ela aprendeu a gostar.
Aprendeu a suportar as dores de suas limitações, os olhos ardendo de sono e até
os enjoos devoradores, colocou tudo no bolso e escolheu viver. Viver
plenamente, abraçar o que foi dado, respirar esse ar e sorrir, sorrir porque
afinal encontrou o seu lugar, e o seu lugar é a parte viva e ativa da vida, a
parte que se move, que vai pra frente, que tem um curso contínuo e incansável. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há novas situações surgindo da antiga-nova-situação e ela as
peita e encara nos olhos. O futuro é extenso, brilhante e alcançável. A
perspectiva agora pesa e é grande, sólida, mas não importa, ela não tem dúvidas
de que pode chegar lá. Aliás, o “chegar lá” que tantos disseram entre frases de
motivação e acalentos, também mudou. Não mudou tanto, mas a vertente em si
mudou de alma e de lugar. Descobriu que o “certo” de antes não a completaria
como o antigo “errado” e agora “certo” o faz. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Por mais que clichê, é preciso dizer esta verdade: a vida
nos surpreende. Algumas vezes de uma maneira ruim, outras de uma maneira boa,
mas o que a garota aprendeu e repete isso sempre que pensa no assunto é que
encarar as coisas boas e ruins nos faz criar mil e umas possibilidades de
caminhos e chances em nosso destino. Permita-se. Encare. Seja forte, não tenha
medo (e se tiver, siga com medo mesmo), as situações tem o costume de terem
duas facetas, não as olhe como se fosse só boas ou só ruins, são sempre os dois
em equilíbrio. E o equilíbrio, leitor, você sabe: é o que nos mantém de pé.
Literalmente e figurativamente.</span> <o:p></o:p></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-81486296541109996412014-01-29T01:02:00.001-03:002014-01-29T01:07:38.958-03:00O poder de um autor. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-YzuTyBLsnew/Uuh9TnhIz1I/AAAAAAAAAYk/7BUs9rpTDuc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-YzuTyBLsnew/Uuh9TnhIz1I/AAAAAAAAAYk/7BUs9rpTDuc/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Hoje estava refletindo, durante a aula de Literatura, sobre eu-lírico. O professor, em meio a calorosa explicação do assunto, disse que o eu-lírico é alguém diferente do autor, que a "voz" do texto é diferente de quem cria a "voz", e como muitas pessoas confundem um e outro. Por fim fechou o raciocínio com "o eu-lírico é o sentimento do texto, o hoje. Amanhã, meus queridos, vocês podem ler o texto que escreveram hoje e não mais se reconhecer, reconhecer os sentimentos, porque o autor muda, o eu-lírico do texto feito, não." e eu sorri ao ouvir tal afirmação me preenchendo inteiramente dessa verdade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">São incontáveis vezes as que eu me vejo lendo textos, trechos, frases ou até um relato de um diário antigo e não mais vejo aquela menina-mulher que deliberadamente deu força àquelas palavras. Quão inocentes ou quão corretos éramos quando crianças, quando mal tínhamos vivido o suficiente pra dar conselhos não baseados na teoria, quando pensávamos que o mundo era algo fácil de lidar e havia apenas dois caminhos: ou você comia biscoito ou comia pão doce. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E agora, aqui, enquanto escrevo esse texto na madrugada (tendo que acordar cedo amanhã de manhã) vejo que a ideia de eterno para um autor é real e plena, porque nós - mediadores do poder das palavras - temos o eterno na ponta dos dedos e no coração. Esse texto é eterno, essas palavras que agora solto aqui não morrerão, não mudarão, mesmo que quem as escreve seja outra pessoa amanhã. Textos, poesias, palavras: eternas, puras, intocáveis e imaculadas. O sentimento que agora preencho cada linha pode não fazer sentido pra mim daqui a uns anos, no entanto, haverá sempre alguém que ao ler, irá revivê-lo. A alma de um texto é infinitamente maior que a do autor, do leitor, ela pertence à eternidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Penso e repenso mas nunca me canso de refletir no poder que as palavras têm. Talvez seja por isso que eu queira ser psicóloga e escritora (sim, as duas coisas): acredito piamente que as palavras e o que elas transmitem tem a capacidade de tornar o tudo em nada e o nada em tudo, pode manter a humanidade viva ou matá-la, pode tornar alguém surpreendentemente bom ou inigualavelmente mal. Como eu amo a ideia de deter nas minhas mãos um dom e uma maldição, me sentir um pouco deusa, um pouco poderosa, especial. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há um trecho que se encaixa perfeitamente na minha ideia e eu, pessoalmente, amo com todas as forças, ele é de Harry Potter e as Relíquias da morte (J.K Rowling) e diz através do riquíssimo personagem Alvo Dumbledore: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remedia-los".</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E esse é só mais um motivo para eu amar ser escritora (se é que posso me chamar assim): a magia escorre das palavras e preenche a mente, domina e envolve o coração. Nada é mais perigoso e ao mesmo tempo benéfico e renovador do que a palavra. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-50158238796466864352014-01-01T18:17:00.003-03:002014-01-01T18:17:34.257-03:00Então, querido 2014...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-8R70eZRlVP0/UsSFOGwCWgI/AAAAAAAAAYU/eNfDX0X0iRo/s1600/large+(9).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-8R70eZRlVP0/UsSFOGwCWgI/AAAAAAAAAYU/eNfDX0X0iRo/s320/large+(9).jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu caro ano novo, você chegou de surpresa, sem me deixar me acostumar com a ideia que o ano velho já estava nos seus últimos suspiros. O que eu devo esperar de você? Há tantas possibilidades, há... tantas novas formas de me sentir alegre, feliz, triste, dolorida, infeliz, emocionada, sentimental! Há tantas que chega a me dar medo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não peço que me surpreenda porque essas surpresas da vida tem sido bem desagradáveis, então peço que me deixe te surpreender, e que me dê uns puxões de orelha para que eu realmente tente te surpreender. Você ta chegando e automaticamente me faz lembrar que eu não sou mais criança, que estou velha demais pra não me preocupar com dezenas de coisas que agora eu enxergo, e me esfrega na cara também as tantas liberdades que agora estão diante de mim e eu tenho que batalhar para conquistar. Ah, sim, você pesa, querido ano, e a idade então? Pesa demais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tenho tentado não esperar muito de você, deixar as minhas expectativas baixas, já que o primeiro dia do seu reinado dentro de mim está com um clima um tanto melancólico. Não sou supersticiosa, não acho que isso seja um mal presságio, mas é que o ano velho me deu muito de melancolia, só queria agora um pouquinho que seja de alegria, entende? Não desprezando nosso velhote, agradeço pela oportunidade de vivê-lo, mas não vou ser hipócrita de dizer que foi um ano bom. Digamos que houve árduas batalhas e vitórias grandiosas, mas que como toda combatente, fiquei um pouco ferida. Logo serão só cicatrizes, não é? Estou contando com você e o tempo para que elas se fechem, querido ano-bebê. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De qualquer modo, seja bonzinho, ta bom? Prometo tentar lhe aproveitar bem. E sobre aqueles sonhos sussurrados durante o seu nascimento, à meia noite... por favor, faça-os real. Uma mão lava a outra, que tal? Serei grata. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nos falaremos daqui a 364 dias, 2014. Até.</span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-41505571038583725312013-12-09T14:35:00.001-03:002013-12-09T14:40:11.690-03:00Uma carta da Vida.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-_9Lavf49qkA/UqX_OnGywCI/AAAAAAAAAYE/S2tZZdZ6TKM/s1600/vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-_9Lavf49qkA/UqX_OnGywCI/AAAAAAAAAYE/S2tZZdZ6TKM/s320/vida.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O que você está fazendo aqui? O que te trouxe aqui – bem
aqui, mesmo – e por que você ainda permanece? Ora, eu não sei o motivo de você
permanecer, mas eu sei quem te trouxe. Fui eu. Eu, ser bobo, a Vida. É
estranho, não é? E sim, você está falando com si próprio, e com todos no mundo,
ao mesmo tempo. Uns me chamam de destino, outros me chamam de carma, de tempo,
mas na verdade eu sou tudo isso e sou nada disso. Eu sou você. Eu sou ele,
aquele, vocês, todos. Eu sou o que pulsa dentro de todos e de cada um. E não
tenho nome, só pseudônimos, você escolha qual prefere. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na verdade, não interessa como me chame, eu domino a maioria
de vocês. Claro, vocês amam me culpar de tudo o que fazem, “a vida me trouxe a
isso”, “foi o destino”, Ah, quanta besteira! Eu não sou responsável pelas suas
burradas. Eu só levo você às consequências, e isso pode ser à qualquer parte,
mas mais precisamente à duas posições: ao sucesso ou ao nada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vocês, seres humanos, tão racionais, basicamente se dividem
entre: os que se movem e os que eu movo. A maldita decisão sempre foi de vocês,
sempre o direito de escolher o que fazer e pra onde ir, eu só encaminho. Nada
pode ficar parado, sem movimento algum, e se você não der um passo, eu te movo,
nem que seja com empurrões, e você para onde eu quiser que pare, e se não se
movimentar nem para evitar, irá se deixar levar. E quer saber onde eu te levo?
Ao nada. Nunca darei sucesso a quem não se move nem para evitar meus empurrões.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ah, pequena criatura, acha que não é um dos que eu domino?
Acha que se domina? Reflita de novo. Nesse século, poucos são os que tomam as rédeas
que eu ergo diante dos seus olhos e controla o que eu disponho, a maioria só se
deixa ser marionete. Quão cansativo para mim é empurrar milhões de vocês todos
os dias! Como sinto falta de Eistein, de Nobel, de Aristóteles, isso só para
citar os poucos que realmente fizeram algo pela humanidade, diferente da
maioria de vocês. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eles se moveram, me deram gosto em deixar as rédeas correrem
soltas enquanto eles guiavam, foi um deleite promovê-los ao sucesso. Hoje tudo
o que a humanidade é, deve um pouco a eles. E olhem como vocês a usam mal...
francamente, estou perdendo o sentido! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não me retiro de você, talvez, por pensar que ainda pode se
mover ao invés de me deixar trabalhar tanto. E minha irmã, a Morte, ela está
ocupada terminando o meu trabalho para que eu a preocupe com essas burocracias,
que vocês chamam de epifania ou algo nesse sentido. Ela tem tido muito
trabalho, talvez mais até que eu. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas agora, pode seguir, sendo empurrado por mim ou tomando
as minhas rédeas. Eu não sou fácil, e muitas vezes sou amarga, mas sei de minha
beleza, e ela é grande o suficiente para você não cortas os fios que te mantém
ligado a mim. Pode não pegar as rédeas, pode ser empurrado, mas ainda está
aqui, não está? Então, humano, tome logo as malditas rédeas e faça por si. O “nada”
já está bem lotado. </span></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">Te deixo agora com essa reflexão, preciso manter muitos
corações batendo, há serviço para ser feito. Espero que eu seja longa pra você,
e que você me faça linda. </span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Assinado, sua Vida. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-62872477077037152072013-09-19T18:53:00.003-03:002013-11-22T01:03:54.926-03:00...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-coeG62Rj3z0/Uo7XnYDPCSI/AAAAAAAAAX0/Sn0q-AJLPwE/s1600/Aprenda-como-enfrentar-o-per%C3%ADodo-de-estresse-pr%C3%A9-vestibular.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://3.bp.blogspot.com/-coeG62Rj3z0/Uo7XnYDPCSI/AAAAAAAAAX0/Sn0q-AJLPwE/s320/Aprenda-como-enfrentar-o-per%C3%ADodo-de-estresse-pr%C3%A9-vestibular.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É claro que não me importo</span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">É claro que não me preocupo</span></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 18px;">Sou jovem, inexperiente, irresponsável</span><br />
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como esperam que eu decida minha vida?</span></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;">Como esperam que eu queira o certo?</span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quero comer doces, quero dormir até tarde</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quero conversar, quero desperdiçar o tempo</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não estou pronto para decidir meu futuro</span></div>
<div style="text-align: start;">
</div>
<div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Minhas dores são tolas, meus problemas são estúpidos</span></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: white; line-height: 18px;"></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"></span></span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu mundo é pequeno, minhas dúvidas são abismais</span></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nem ao menos tenho certezas</span></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"></span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Minha maior batalha é contra as espinhas</span></span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Minha maior vitória é sair da cama de manhã</span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu futuro mais distante se extende até a próxim refeição</span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu maior sonho é chegar ao final de semana</span></div>
<div style="line-height: 18px;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E esperam que eu decida minha vida</span></div>
<div>
<span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou preguiçoso, sou desmotivado</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou despreparado, sou desinteressado</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou entediado,sou estúpido</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas não posso dizer isso, não posso admitir meus erros</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As expectativas são muito grandes, a pressão é muito forte</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou punido por admitir meus defeitos</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Um jovem que age como jovem é reprimido</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não podemos ser jovens, não há tempo para isso</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não há tempo para viver o presente</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pois o futuro já chega amanhã</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A sinceridade é punida</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">então não digo nada disso</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então sorrio e falo com confiança</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então faço uma escolha sem me importar</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então tomo uma decisão sem pensae</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então finjo estar preparado</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então finjo estar decidido</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E espero apenas</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que as coisas demorem a dar errado.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; text-align: start;"><span style="background-color: white; color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="background-color: white; color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span></span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; text-align: start;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span></span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;"></span></span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<div style="margin: 0px;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">(Apolo Blans Lima)</span></b></div>
</div>
</div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #37404e; font-size: 13px; line-height: 18px;">
</span></span></span>
<div class="separator" style="clear: both; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
</div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
</span>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-61162362534534155492013-09-08T18:53:00.000-03:002013-09-08T21:36:11.402-03:00Metamorfose em forma de mulher.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-WgE2yzrJhb0/UizxP-HksuI/AAAAAAAAAXk/d4k9n9Jxx4k/s1600/544199_359521787498632_1630807338_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-WgE2yzrJhb0/UizxP-HksuI/AAAAAAAAAXk/d4k9n9Jxx4k/s1600/544199_359521787498632_1630807338_n.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela era alguém que vivia à sombra do mundo. De forma clara, estava no
lugar errado. Era linda, mas não como devia. Sabia das coisas, mas era
dissimulada ao ponto de ser sonsa. Era perfeitamente linda, engraçada,
inteligente. Quem a via não imaginava do que ela era capaz. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-size: 12pt;">Por de trás da capa de menina moça vivia uma força estupidamente
incontrolável de cunho vingativo, e que, de certa forma, a faria um ser
respeitável e forte.</span><span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma;"> </span><span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nada poderia detê-la. Nem o mais forte dos anjos decaídos na mais fria e
cálida noite de inverno no inferno. Ela era determinada, de uma determinação
desconhecida, apesar de ser insegura, sendo, portanto, contraditória.</span><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="color: #333333;">Era víbora e lebre, cão e
gato, chocolate e alface, vida e morte. E por detrás de tanta força a
delicadeza meiga de uma menininha leve de sonhos leves e olhar pesado. Menina
que já era mulher, menina que a vida </span><span style="color: #333333;">metamorfizou</span><span style="color: #333333;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #333333; font-size: 12pt;">Menina que sonhava em ter uma menina... Ou um menino talvez; que pensava
seriamente na sensação de ser mãe, tinha como um dos seus sonhos prediletos.</span>
Sonho ou meta, será que se sabe?<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background: white; color: #333333; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Da sua fina mão de poetiza, saem textos
de uma técnica inexplicável. Talento? Reencarnação? Psicografia? Inspiração?
Nem um ser superior sabe ao certo.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aquela
que nasceu no mundo de Júpiter, se criou na casa de Minerva, bebeu da água de
Diana, inspirou a casa de Baco, impressionou um cupido e vive como Vênus.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Vênus.
Talvez essa seria a melhor forma de descrevê-la. Ou seria uma Helena de Tróia?
Cleópatra? Ou estaria mais voltada pra força de Margaret Thatcher...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ainda bem
que de certo o Ser Superior a consignou ao nosso plano, planeta, vida, lugar,
vizinhança, idade...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Seria deveras
triste a vida sem a existência da Deusa, da mulher vita.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Voltando
a falar dos olhos: Sendo eles que mostram a alma, esta seria triste? Alegre?
Porque justamente ela com esses "Olhos de cigana oblíqua e
dissimulada"?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 2.25pt; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O fato é:
Nem que eu tente mil vezes pelos próximos dez mil anos, não conseguirei
descrever precisamente a Amazona que existe no coração desta mulher. </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 12px;">- Gabriel Falcão.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 12px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-53269630850469560602013-07-24T01:49:00.001-03:002013-07-24T01:49:51.519-03:00Garoto sem graça, invisível, clichê e banal.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/39617852/tumblr_lvsfz2NDIC1qi98e1o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://data.whicdn.com/images/39617852/tumblr_lvsfz2NDIC1qi98e1o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ouviu barulhos de tiros, seu corpo enrijeceu e ele saiu correndo em disparada, pálido, sentindo um frio repentino nas entranhas. Corria se abaixando, em meio a berros, se tremendo, sem pensar direito, apenas corria por sua vida, o desespero tomando conta de sua mente e o ar entrando e saindo de seus pulmões de modo ardoso, com dificuldade, secando a garganta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sua vida, de repente, passou em sua cabeça. O garoto tímido e fora dos padrões de beleza vivera de um modo nada marcante, nada extraordinário. Era aquele tipinho banal que se cala quando quer falar, que se reprime quando quer agir e que se fecha tanto em algo que se espera dele que simplesmente some em meio a multidão, se torna invisível. Pensou: "O que falariam de mim em meu enterro?" e refletiu que seria o velho clichê de "bom ser humano, bom filho, bom garoto" e talvez sua mãe chorasse diante das câmeras de TV que ele era estudante, e por uns minutos o país se comovesse com um futuro perdido pela violência dos grandes centros urbanos. Nada mais que isso. E ele? E sobre o real Rodrigo? E sobre o que se passa dentro dele?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O garoto sentiu uma dor latejante em seu corpo, tão forte que o fez cair no chão, no meio fio de uma rua pela qual corria enquanto refletia. Gemendo de dor e sentindo a visão turva, ergueu a mão até sua barriga, onde parecia ser a fonte de sua agonia... a mão veio completamente vermelha, suja e ensopada de sangue. Se deu conta que havia sido atingido, que correr fora inútil, que a morte o tinha perseguido em formato de um projétil cheio de pólvora, vindo de uma arma de fogo (de policiais? de bandidos?) a guerra e o tiroteio não tinham vencedores ou vencidos, certos ou errados, eram todos vítimas de si mesmos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Rodrigo ouviu os berros, os chamados, algumas mãos o tocando, rostos ao redor... mas tudo estava tão distante! A visão era turva e sua audição era quase toda prejudicada por uma surdez repentina, nem falar conseguia, só puxar ar incessantemente, mas sabia que não iria adiantar. No fundo, ele sabia que ali se encerrava sua vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Com a boca de repente com um gosto de metal frio, olhou adiante para o céu e puxou o ar uma última vez. Pendeu a cabeça para o lado, e viu uma ambulância chegando, paramédicos saltarem do automóvel. Era tarde demais, ele fechou os olhos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E abriu de ímpeto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não estava no asfalto de uma rodovia, não havia sangue, não havia bala, não havia multidão, desespero, ambulância. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Rodrigo não era um jovem sem graça, invisível, clichê, banal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Rodrigo era uma criança de 11 anos que sonhou com toda uma vida durante uma noite, e que resultou em uma cama molhada de xixi, suor frio, berros pela mãe e uma zoação eterna pelo irmão mais velho com o qual dividia o quarto (que não era o Rodrigo, mas ele sim vivia uma vida sem graça, invisível, clichê e banal). </span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-19022209744847053102013-07-09T02:14:00.003-03:002013-07-09T02:14:59.793-03:00Uma escritora dopada. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/67604090/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://data.whicdn.com/images/67604090/large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Hoje durante o dia todo me vi inundada de um sentimento estranho, meio vazio, meio "não sei dizer". Agora estou aqui, tamanha madrugada, com o mesmo sentimento: sei lá. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tomei o comprimido que daqui a pouco vai me dar uma zonzeira e eu vou acabar dopada, dormindo profundamente como sempre. Provavelmente nem vou perceber que dormi e vou acordar amanhã de manhã (de tarde?) meio confusa como sempre, talvez com um sentimento de sei lá ou qualquer outro, como quase todo o dia comum na vida de alguém anormal, ou normal, ou humana. Mas hoje, não sei, resolvi escrever. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu, como escritora, uso minhas palavras batucadas nesse teclado como válvula de escape, pra economizar o dinheiro do terapeuta ou do antidepressivo ou para simplesmente dar um grito de alma, não de voz. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">To num momento da vida em que a situação anda delicada, meio enervante, fico num estado de estafa quase como aquele depois de chorar e soluçar, que você não sabe muito bem o que faz, mas os olhos tão cansados e talvez dormir resolva. Já chorei, já dormi, já acabei com meia panela de brigadeiro, mas o gosto de ressaca lacrimal ainda está aqui. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não quero aqui fazer um daqueles textos lindos com uma moral legal, um tom bacana de quem lida bem com as adversidades da vida etc, etc, etc; to escrevendo o que me vem na cabeça e talvez esteja extremamente sem sentido, mas não é pra fazer sentido, cara, eu só to escrevendo, licença? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Acho legal escrever assim, no impulso, sem assunto, sem temática, só querendo vomitar as palavras, ressecá-las de mim, mesmo que eu não fique satisfeita com o resultado textual, mesmo que esse texto possa ser aquele meio vergonha literária, meio ruim (qual o diminutivo correto de ruim? ruinzinho? ruimzinho? ruinzãozinho? Queria por o diminutivo aqui mas não tenho certeza de qual a forma correta) e que ninguém leia ou que haja aquelas críticas básicas de gente que não entende minha cabeça (a maioria). Eu só quero escrever: sem compromisso com a estética, com a ética, com a noção. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nada mais justo que está meio "sei lá" e fazer um texto "sei lá", como está esse. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aliás, é normal querer que a vida toda seja um sonho e de repente acordar com 5 anos de novo, de repente? Correr pra mãe, assustada, reivindicar uma beira da cama dela e dormir sentindo aquele cheiro de mãe que só a nossa mãe tem? Acho que sim. Quase tudo o que a gente acha anormal, geralmente, é excessivamente normal, e então a gente fica confusa se achando banal e comum. Eu era original, e agora descubro que tudo o que penso ou pensei, fiz ou senti quase toda a humanidade já experimentou. Eu sei, é triste. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Já to ficando grogue o suficiente pra conseguir dormir sem virar e revirar na cama, é só cair no colchão e cheque-mate. Talvez dê tempo de ver umas dessas séries legais que passam na TV às 2hs da manhã com uma dublagem vergonhosa e com episódios fora de ordem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Falando de madrugada e eu estar acordada até essa hora, já ouvi uma frase, e não lembro de quem é no momento, que dizia: "Talvez a madrugada seja feita para pensar e não para dormir". Se pensar aí no contexto quer dizer escrever, concordo, se for pra auto martírio reflexivo, acho mais saudável tomar um Dramin ou um desses aí do tipo sonífero e dormir, sinceramente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Com amor, de uma escritora meio dopada e boa de conselhos. </span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-16080719162898759832013-06-16T16:34:00.001-03:002013-06-16T16:36:00.639-03:00O Gigante verde e amarelo acordou.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eHe24bWcpS0/Ub4QwQmqDuI/AAAAAAAAAQg/wA8Qz4mhTHU/s1600/490734A9FF28BEAB1BAD52718256_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-eHe24bWcpS0/Ub4QwQmqDuI/AAAAAAAAAQg/wA8Qz4mhTHU/s320/490734A9FF28BEAB1BAD52718256_large.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WCtDu0yNzjU/Ub4Q09XOtmI/AAAAAAAAAQo/0OLIJ9ogJSs/s1600/large+(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-WCtDu0yNzjU/Ub4Q09XOtmI/AAAAAAAAAQo/0OLIJ9ogJSs/s320/large+(2).jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Yx4t24IFrAE/Ub4Q56ja_UI/AAAAAAAAAQw/vF7T78JWrfU/s1600/large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="http://1.bp.blogspot.com/-Yx4t24IFrAE/Ub4Q56ja_UI/AAAAAAAAAQw/vF7T78JWrfU/s320/large.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-MxUsG_4vE7A/Ub4Q-CB3JeI/AAAAAAAAAQ4/JauFrzWZL8Y/s1600/tumblr_lz55liHasU1qaks69o1_1280_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="http://4.bp.blogspot.com/-MxUsG_4vE7A/Ub4Q-CB3JeI/AAAAAAAAAQ4/JauFrzWZL8Y/s320/tumblr_lz55liHasU1qaks69o1_1280_large.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-QD3JN4z6X1w/Ub4RBdkBicI/AAAAAAAAARA/Go6TSgN2WlM/s1600/428239_241158829293496_100001981414103_530117_697922579_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://2.bp.blogspot.com/-QD3JN4z6X1w/Ub4RBdkBicI/AAAAAAAAARA/Go6TSgN2WlM/s320/428239_241158829293496_100001981414103_530117_697922579_n_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_3Nq-wIGoyU/Ub4RLtKfS7I/AAAAAAAAARI/nJ1YacoyRzM/s1600/tumblr_lmf9vkDmnc1qk9gcuo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://1.bp.blogspot.com/-_3Nq-wIGoyU/Ub4RLtKfS7I/AAAAAAAAARI/nJ1YacoyRzM/s320/tumblr_lmf9vkDmnc1qk9gcuo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qCoJB0AeYNM/Ub4RSQ_aNxI/AAAAAAAAARQ/R_QOylw4bjU/s1600/564844_172598189535210_125435375_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-qCoJB0AeYNM/Ub4RSQ_aNxI/AAAAAAAAARQ/R_QOylw4bjU/s320/564844_172598189535210_125435375_n_large.jpg" width="239" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu sou um gigante, feito de vinte e seis estados e um
distrito federal. Sou feito de diferenças extremas – climáticas, culturais,
linguísticas – tão diferentes que
pareciam países diferentes, mundos diferentes, havia um espaço entre minhas
regiões que fazia com que eu fosse meio desencaixado, desunido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eu vinha em um sono tão profundo, tão frio por falta de um “sangue”
correndo por mim –sangue verde amarelo, constituído de nacionalismo e
leucócitos brasileiros –, ele vinha escasso em meu corpo, em meu território.
Verdade seja dita: de quatro em quatro anos, eu estremecia diante de uma
explosão de nacionalismo que pulsava, mas logo depois cessava, quase como um
suspiro de um quase morto causado por adrenalina, acabava o surto e eu voltava
ao coma, completamente surdo, mudo e cego. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Era esquecido, descuidado, me tornei apenas existência, sem
sentido, só algo no espaço. Logo, parasitas se apoderaram de mim, começaram a
sugar mais minha vida, minha alma, e eu não conseguia ter forças para levantar
e reagir. Meus leucócitos não reagiam, era uma doença autoimune chamada “corrupção”,
meu sangue não reagia e por isso mesmo eu estava morrendo. Eu, o gigante Brasil,
estava indo para um caminho sem volta, dominado por males que se apoderavam de
mim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Então, uma faísca se deu ao sudeste do meu corpo, e eu
reagi, me revirei, senti ganhar um pouco de força. A faísca virou fogo e foi
tomando conta do resto da minha extensão, me dando vida, o meu nacionalismo
voltou a correr nas minhas veias! Eu, de repente, estava ali: ouvindo, vendo,
gritando, pulsando. O gigante havia acordado, meio atordoado e descoordenado,
mas em pé, sentindo meus sentidos reagirem. Eu estava começando a me curar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Grande parte de mim está lutando pela minha saúde, para que
eu seja aquele Brasil forte e invencível que quero ser, e assim eliminar todos
os parasitas e células malignas que me sugavam. Posso não ficar completamente
curado, mas basta todos saberem: O gigante acordou. </span><o:p></o:p></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-APdVk__55WA/Ub4RgiTTW_I/AAAAAAAAARY/xSQjUptbRqs/s1600/johnnie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="156" src="http://2.bp.blogspot.com/-APdVk__55WA/Ub4RgiTTW_I/AAAAAAAAARY/xSQjUptbRqs/s400/johnnie.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #666666;">#OGiganteAcordou #NãoSãoSóVinteCentavos #AcordaBrasil #VerásQueOfilhoTeuNãoFogeÀLuta</span></div>
<br />Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-702157285726443522013-05-24T00:24:00.002-03:002013-05-24T00:32:51.923-03:00Eterno Instante<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-6_RgcVxOnJ4/T-y3tGRcdgI/AAAAAAAABS4/ovZHKCqKPjE/s1600/Homem-e-rel%C3%B3gio-querendo-voltar-ao-tempo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-6_RgcVxOnJ4/T-y3tGRcdgI/AAAAAAAABS4/ovZHKCqKPjE/s1600/Homem-e-rel%C3%B3gio-querendo-voltar-ao-tempo.jpg" /></a></div>
<div align="center" class="separator" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não gosto de escrever. Nem um pouco. Na verdade, diria que chego a desgostar.
Não é o suficiente para odiar, mas creio que chegue perto. Acho que não gosto
de “meio” nenhum. Não gosto de comer. Não gosto de dormir. Não gosto de
ler. Não gosto de... Não gosto de meios. Gosto de finais. Finais são bons. São
legais. Quer dizer, mais ou menos. Não gosto quando algo acaba.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Gosto da sensação imediata no início do fim.
Quando descubro o real vilão ou chega na revelação do mistério. Gosto de
simplesmente encarar a tela do computador e ficar com cara de “caraaaaaaalho”
por alguns segundos. Aquele ínfimo e breve instante, no qual descobre um fim
pela primeira vez, mas ainda não acabou, entende? Aquele fugaz instante, aquela
incrível sensação de descobrir algo novo que nunca mais terá... É, é isso.
Gosto do irrecuperável.Gosto das coisas únicas, que nunca mais poderá sentir,
ver, ouvir ou ter. Pelo menos, não da mesma maneira. Gosto da efemeridade. Acho
que sou efêmero, mas não sei. Continuo achando isso há muito tempo, mas se eu
fosse mesmo já teria deixado de achar que sou, não? Bem, não importa. Gosto
daquele breve instante de vida única, em que se transpassam todos os limites
imagináveis da mente humana, em que palavras não são suficientes para descrever
sensações. Em que nada é descritível. Em que é impossível sentir qualquer coisa
além de o que já se sente. Em que o corpo deixa de existir, sua mente
desaparece e sua alma deixa de ser sua. Gosto da fugacidade instantânea e
momentânea que não se repete jamais. Nesses breves momentos de pouca
importância, mas de valor inimaginável, sinto-me fora de tempo e espaço, fora
de tudo e dentro de tudo. Sinto que deixo de ser eu, deixo de ser um, deixo de
existir como unidade e torno-me um pequeno pedaço de algo muito maior e mais
antigo. Algo mais. Algo diferente. Céu, universo, espaço, tempo, outra
dimensão. O que quer que seja. É, definitivamente, mágico. E não é de nosso
mundo. Não é algo que se possa compreender, entender ou explicar. Não há
justificativas para sua existência. Talvez nem seja uma existência. Talvez não
passe de uma loucura particular, pequenas manias de uma mente com mania de
grandeza. Mas isso também não importa. Realmente não há como explicar o que é
ou como me sinto. Nem ao menos há como separar o “ser” do “sentir”. É um
conjunto. É um conjunto de tudo que já existiu ou existirá e ao mesmo tempo não
é nada. É algo totalmente incompreensível e o melhor que posso explicar fica
muito pobre quando colocado em palavras.E é nesse estado de espírito (ou de não
espírito, não sei) que tomo minhas decisões ou tenho minhas inspirações. É
nessa eternidade instantânea que a luz se faz diante de meus olhos e as
histórias surgem ou os pensamentos se formam. São nesses momentos
irrecuperáveis, eternamente imutáveis, que minha mente trabalha com maior
capacidade. Mas é uma capacidade gigantesca. É uma capacidade grande demais pra
humanidade. É maior e melhor do que qualquer coisa que a humanidade já criou,
está milênios de quilômetros além da compreensão. De qualquer compreensão. De
toda a compreensão.Ainda assim, tento transformar tudo isso em palavras. Tento
eternizar o passageiro, cometo um erro tão gigantesco. Tiro toda a beleza de
minhas criações, apenas para mostrar a outros. Meu orgulho é tão gigantesco
que, mesmo que isso signifique destruir e destroçar toda a beleza, quero
mostrar aos outros. Exibo retalhos mal cortados e ainda pior costurados e me
encho de orgulho com os comentários de apreciação que recebo, como se isso
compensasse todas as atrocidades que cometo com algo que um dia foi tão sublime
e belo. E ainda assim não consigo evitar. Tornei-me viciado em escrever.
Tornei-me viciado em maltratar de maneira tão absurda imagens, sons e cheiros
que me cercam de maneira tão carinhosa.Disse que não odeio escrever. Menti.
Menti muito. Provavelmente, a maior mentira de minha vida. Eu odeio do fundo do
coração escrever. Porque a escrita é pobre. Mesmo sendo uma das coisas mais
ricas já criadas pela mente humana, a escrita é pobre. Isso mostra o quão pobre
a mente humana é. Isso mostra o quanto ainda temos que percorrer e melhorar
para... Para quê? Há um objetivo? Chegará um momento em que de fato
alcançaremos o “bom”? Tal definição é realmente alcançável? Li uma vez que
somos biologicamente programados para nunca estar satisfeitos. Pergunto-me quão
verdadeiro é isso. Pergunto-me quão orgulhoso sou. Pergunto-me se algum dia as
palavras alcançarão o poder da criação. Pergunto-me se consigo tocar os outros
tanto quanto me sinto tocado quando escrevo. Pergunto-me se essa outra
existência me perdoará por tentar trazer para este mundo algo que não é
daqui...</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Por Apolo Blans Lima</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vou descrever exatamente o que senti ao ler esse texto em uma
pequena narrativa:<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">"Respirou fundo, de repente surpresa. Releu os trechos
e as linhas novamente, sentiu uma alegria morna, como se estivesse enxergando
tudo por trás de um espelho d'água, o gosto agridoce pousava em sua língua
enquanto ela lia as frases. As palavras tocavam seus olhos e ela ouvia aquele
barulho tranquilo de água do mar caindo, e a coceira no nariz calma de quem é
tocada por uma brisa calma. Ali, por trás de cada parágrafo e pontuação, ali
estava a alma. E alma tinha cheiro, cor, gosto e som de alguém que queria ver e
ser visto. A alma gritava humanidade, e o escritor gritava por ser humano. Eram
dois seres de planos diferentes, mundos diferentes, que por mais que não se
encaixassem, se encaixavam. Era o leitor e autor em uma sintonia. Era o cítrico
e doce, bem ali, de repente se pertencendo. </span></i></b></div>
<b><div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="background-color: #fafbfb; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não conseguiu mais se controlar, engoliu o gosto, fechos os olhos conseguiu ver
e ouvir melhor. A alma fazia barulho, a alma tocava seu rosto, a alma era
macia. Agradeceu, num sussurro calmo e aconchegante ao texto e ao autor. Ela
tinha encontrado um pedaço de sua alma perdido."</span></i></b></div>
<i><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
</i></b><i><div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O texto acima escrito foi
direcionado ao Apolo como forma de expressão, assim que terminei de ler. Deve
conter erros e bastante confusão, mas o escrevi no ato da emoção, num suspiro
de inspiração que quis transmitir a ele. Perdoem a falta de revisão por minha
parte ou qualquer erro que encontrarem. Não sei se o leitor deste blog irá
concordar com minha reação ou sentimento ao ler, mas cada texto toca alguém de
modo diferente. </span></i></div>
</i><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">É isso por hoje, meus caros.
Até. </span></i><i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Larissa Cruz.</span></i><i><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-12673353204097775862013-04-27T23:46:00.003-03:002013-04-27T23:48:39.920-03:00Portadora das palavras.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-tCY87upr-9s/ThpTy4ubAXI/AAAAAAAAA8o/_VllkKTjeXw/s1600/1213543976_palavras1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="http://4.bp.blogspot.com/-tCY87upr-9s/ThpTy4ubAXI/AAAAAAAAA8o/_VllkKTjeXw/s320/1213543976_palavras1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou uma poetisa, uma escritora, uma artista das palavras.
Nasci para dar vida à desordem das mentes, para tocar as almas e arrepiar cada
centímetro da pele de quem ler e for tocado. Sou feita de sentimentos,
sensações e pensamentos, naturalmente intensa e à flor da pele. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A inspiração é algo que me toca, morna e leve, como um
cheiro natural e familiar, mas ao mesmo tempo estranho, que sempre causa um
rebuliço no estômago e frio na espinha. Sinto tudo ao redor com mais
intensidade, aos extremos, como se as coisas – de algum modo – precisassem ser
expressas e gritadas por mim. Um grito silencioso que fica preso às páginas e
intocado, pronto para berrar àquele que tiver pronto para recebê-lo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo que toco vira poesia, tudo o que me toca vira motivo
para que eu escreva, para que eu toque as palavras e de repente as transforme
em um texto bem escrito e tocante. É um ciclo. Perguntaram-me, inúmeras vezes,
de onde tiro forças pra escrever e eu ainda me pego na dúvida em relação a isso.
Não sou eu que escolho quando escrever, são as palavras que escolhem quando
sair de mim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sinto-me um novo personagem a cada dia, a cada hora, a cada
ambiente. Todos dormem em mim, silenciosamente, à espera de um momento para se
revelar. Anjos, demônios, princesas, fadas, guerreiros, aquela menina tediosa
da sexta série, aquela convencida da faculdade, aquela mãe coruja, aquela inocente,
aquele bebê e aquela mulher cruel; aquele homem ignorante, aquele filósofo,
aquela assassino, aquele observador, aquele teimoso e safado, aquele intocado:
todos dentro de mim trocando de lugar, trocando de forma, trocando de olhar e
jeitos... todos partes de mim mesma. Mulher de fases não, mulher de faces. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Perceba, leitor, o quanto é importante para mim brincar com
seus sentimentos e sentidos: sinta uma mão afagar seu rosto e logo depois um
tapa, sinta um cheiro doce que logo se torna intoxicante, sinta lábios doces e
em seguida uma mordida forte, olhe um sorriso cruel e em seguida perceba as
lágrimas caindo – salgadas e quentes – sob seu colo e serem absorvidas pelo
tecido de sua vestimenta. Tudo isso sou eu e você, tudo isso é humano, é
divino, é um sopro de vida e outro de morte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sou o mundo, sou o belo, sou o feio, sou o repugnante e o
atraente, eu sou aquele suspiro e aquele arquejo de dor: sou a portadora das
palavras, e você é a minha vítima. </span><o:p></o:p></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-11717902047453478062013-03-10T17:06:00.000-03:002013-03-10T17:29:14.703-03:00Ela é do futuro.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/54690447/580625_4747524491141_141068373_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://data.whicdn.com/images/54690447/580625_4747524491141_141068373_n_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Abriu os olhos num susto ao ouvir o som do despertador, o coração acelerado após um sonho sem sentido e a urgência de ter que encarar mais um dia intenso. Estava atrasada novamente, e era preciso se dividir em mil para conseguir tomar banho, se vestir, esconder a palidez e as olheiras com uma maquiagem básica, arrumar os cabelos e tomar café, tudo isso antes das vinte para as sete, quando devia estar saindo de casa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estava cansada, tanto fisicamente quanto mentalmente. Sentia várias coisas se esvaírem dela, inclusive a liberdade em muita coisa. Era necessário disciplina, responsabilidade, não podia em momento nenhum pensar que as coisas seriam fáceis dali pra frente, porque ela tinha deixado de ser criança.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela morria de medo, morria de medo de fracassar, de perder para ela mesma. O medo e a tensão eram seus companheiros constantes agora, pois o futuro estava batendo na porta, a espera de uma permissão para entrar. E ela tinha que dar essa permissão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estava presa em um engarrafamento quilométrico, nervosa pelo atraso, pensando em todas as consequências que aquela perda de tempo traria. Sentiu por um momento uma saudade doída de quando ela não precisava levantar antes das sete, de quando o que a acordava eram os beijos carinhosos de mamãe para ir na escolinha ali no bairro mesmo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Agora, tudo era diferente. Estava alçando voo, crescendo, estendendo as asas rumo ao desconhecido futuro. Estava apostando todas as fichas no que, ao ver dela, é o que ela queria. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Saiu do carro seguida de um olhar orgulhoso e talvez meio melancólico do pai, que enquanto todo o conflito interno acontecia na cabeça dela, tinha ficado observando como sua garotinha cresceu. Constatou que a garotinha tinha ido embora há muito, e que agora uma mulher tomara seu lugar. Observou o andar dela pela calçada e refletiu enquanto fixava os olhos cor de mel - que ela herdara - no retrovisor: "Agora ela é do mundo, agora ela é do futuro". </span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-81756395715563806272013-02-05T23:03:00.000-03:002013-02-05T23:17:53.010-03:00A Bruxa.<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-jcQqk9iFIYQ/TefKD7iZY2I/AAAAAAAAHc0/QClLkvqM2JY/s1600/ca%25C3%25A7a+as+bruxas+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://2.bp.blogspot.com/-jcQqk9iFIYQ/TefKD7iZY2I/AAAAAAAAHc0/QClLkvqM2JY/s320/ca%25C3%25A7a+as+bruxas+5.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma;">A garota recebeu um forte chute na
cabeça do guarda que passava, abrindo-lhe mais um corte enquanto o frio metal
da bota fazia seu caminho através do rosto da pobre mulher. Ela sentiu o olho
arder conforme o sangue escorria até seu olho e impedia sua visão, misturando
seu mundo em dor, medo, raiva, ratos enormes e sangue. Muito sangue.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br />
<span style="background: white;">O guarda sorriu
quando viu o resultado de seu movimento e se abaixou para ficar ao nível da
franzina garota. Com sua mão truculenta ele levantou o rosto frágil e marcado
por inúmeras cicatrizes, de torturas dos interrogatórios e das surras dos
guardas. Analisou suas feições desesperadas por alguns segundos, sentindo uma
estranha pena se espalhar por seu interior e se perguntando se o que fazia era
certo. Então cuspiu na órbita vazia onde antes estivera o outro olho da jovem.
É claro que ele estava fazendo o certo. Ela era uma maldita bruxa e merecia
sofrer por tudo que representava e por todas as pessoas inocentes que morriam
de tanto trabalhar, indo para cama com fome à noite, enquanto ela apenas
estalava os dedos para conseguir comida. Era injusto. Era nojento. Ela era
nojenta.</span><br />
<span style="background: white;">A mulher segurou
suas lágrimas uma vez mais, feliz por saber que em breve tudo estaria acabado.
Em breve ela seria levada para a fogueira e poderia abandonar esse mundo de
preconceitos, torturadores, guardas com botas de ferro e um povo ignorante,
preconceituoso e invejoso. Sim. Em breve ela estaria livre.</span><br />
<span style="background: white;">O guarda se
assustou com o estranho sorriso que se espalhou pelo rosto da bruxa maldita, de
corpo tão franzino e inofensivo, uma aparência tão delicada, outrora doce – mas
com suas belas feições agora desfiguradas pelas pinças e tições da igreja – e
ao mesmo tempo tão absurdamente perigosa para as pessoas normais. E ficou feliz
por ela ir para a fogueira em breve, para poder acabar com tudo isso. Então lhe
deu um soco na boca, estalando-lhe o maxilar e fazendo-a cuspir os últimos
dentes que ainda tinha. O sorriso realmente o perturbava.</span><br />
<span style="background: white;">Jogada pra trás
pela força surpreendente do golpe, a jovem se encolheu em uma bola no canto da
cela e deixou finalmente as lágrimas fluírem. Era surpreendente que ainda fosse
capaz de chorar, depois de tudo que lhe fizeram. Apenas mais um soco não
deveria significar nada para ela. Mas a maldade, o preconceito e a ignorância
com que aquele golpe estava carregado foram demais para uma única mulher aguentar.
Ela se perguntava como sua família pôde aguentar tudo isso. E chorava mais,
desesperada por sua família e por saber que todos eles estavam mortos por sua
causa. Mas tentou se acalmar com a ideia de que logo tudo estaria acabado. Uma
última viagem. Uma última dor. E então alcançaria a liberdade.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">O homem cuspiu-lhe
uma última vez, de longe, e resolveu sair da cela – os outros soldados logo
viriam leva-la para a fogueira e seu merecido fim. Então sentiu outra vez
aquela pequena pontada de culpa e dúvida – será que estava fazendo o certo?
Será que essa pobre e mirrada jovem era mesmo tão perigosa? Ela mal parecia
capaz de levantar os braços sem ajuda. Agitou a cabeça para se livrar dos
pensamentos e se afastou rapidamente. Já estava pensando como um herege, se
continuasse assim logo seria ele mesmo mandado à fogueira. Amaldiçoou a bruxa e
sua magia e andou até sumir na escuridão.</span><br />
<span style="background: white;">As horas passaram.
E passaram. E passaram. Então se tornaram dias. E os dias continuaram passando.
E nada da fogueira. Nada da liberdade. A jovem amaldiçoou o escuro e desejou
que isso acabasse logo. Depois de tanto sofrimento e tortura, os padres ainda
queriam ver seu definhamento demorado de fome e sede? Isso era tão cruel e
injusto.</span><br />
<span style="background: white;">Depois de ter
perdido a conta dos dias desde que recebera a última visita, o guarda da bota
de ferro, a garota percebeu que não havia mais nada pelo que esperar. Os
guardas não viriam, a fogueira nunca apareceria e as chamas libertadoras nunca
a consumiriam. Este era seu fim. Então decidiu abandonar suas últimas
esperanças e acabar logo com tudo aquilo. Arrastou-se lentamente, um movimento
doloroso de cada vez, evitando forçar o braço quebrado, sentindo a estranha
leveza do coto onde antes estivera sua perna. Então um sorriso quase irônico
lhe veio aos lábios. Tudo era estranho nesses dias. Finalmente conseguiu
alcançar a parede, quase desmaiada de dor, e se preparou para seu suspiro
final. Levantou lentamente sua cabeça, milímetro por milímetro e se preparou
para soltá-la e deixar o frio impacto da pedra acabar com sua miserável vida.</span><br />
<span style="background: white;">Os passos duros e
metálicos reverberavam altos pelo corredor escuro, mandando ondas de som
através das pedras frias e constantemente molhadas. A tocha era fraca e quase
não era suficiente para ver 5 palmos a frente, a escuridão daquele lugar
parecia sentir fome e um prazer perverso em cercar as pessoas. Quando chegou
perto da sela e próximo ao guarda que vigiava a suposta bruxa o homem parou e
tirou suas botas, para não alertá-lo de sua aproximação. Também se livrou da
tocha, já que uma luz era tão gritante naquela escuridão. Com a adaga em punho
ele se aproximou sorrateiramente, respirando fraco e pisando leve, até chegar
ao lado do seu antigo amigo. Com um olhar triste e carregado de lembranças
felizes, o homem cortou a garganta do outro e sentiu o sangue quente e pegajoso
escorrer por seu braço, entrando em sua manga e deslizando por seu torso,
enquanto a vida do outro deixava o corpo em uma última respiração assustada.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">Ele preferiria ter
convencido seu antigo companheiro de infância, mas sabia que nunca conseguiria
– eles pensavam de modo muito diferente, além de só ele ter visto o estado
deprimente em que a garota estava. Então um barulho estranho veio da cela – um
baque úmido e sólido – e o antigo guarda temeu estar atrasado. Com as mãos
tremendo de ansiosidade, o arrombador colocou a chave na fechadura e a girou,
apenas para encarar uma escuridão silenciosa e angustiante. Rapidamente pegou a
tocha que estava na mão sem vida do carcereiro de sua amada e iluminou o
interior da cela. Prendeu a respiração com o que viu. Um corpo molestado e
destruído, torturado até o limite da criatividade humana, obrigado a declarar
algo falso, apenas para a satisfação da vaidade dos malditos inquisidores. E
então ele falhou. Chegou tarde demais. A garota finalmente cedeu e se matou.
Depois de tanto lutar e se esforçar, depois de mostrar tanto desafio ela
finalmente se rendeu para a escuridão maldosa ao seu redor e escolheu o único
caminho que parecia lhe restar. Uma morte rápida e limpa.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">Mas ele não a
deixaria assim. Pelo menos seu corpo – ou o que restou dele – ele salvaria.
Correu até o canto distante da cela e aninhou o belo e pequeno corpo em seu
braço – ela estava tão maltratada que um braço era suficiente para carrega-la.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">Ele corria pelo
corredor, tentando fazer o mínimo de barulho possível, evitando guardas sempre
que podia e matando-os traiçoeiramente quando não podia. Ele sabia que tinha de
correr. Em alguns minutos os corpos seriam encontrados e a fuga notada. Nunca
fora bom lutador, chegara ao posto de guarda das prisões por sorte e sabia que
não galgaria mais nenhuma posição. Ele não tinha nada a perder, exceto talvez o
pobre corpo seguro em seu braço.</span><br />
<span style="background: white;">Após cinco minutos
e o terceiro corpo abandonado com a garganta aberta e o sangue jorrando de suas
veias, enquanto o coração ainda não percebia que deveria parar de funcionar,
enquanto o corpo lutava com todas as forças contra a morte, mesmo que a alma já
houvesse desistido e se esvaído, o alarme tocou, gritando para todos que pudessem
ouvir que uma fuga acontecia e todas as saídas da prisão deveriam ser seladas.
A última esperança do fugitivo era chegar ao fim do corredor antes de as
pesadas portas se fecharem, deixando-o preso dentro da terrível escuridão,
tendo as pedras, um corpo totalmente desfigurado e sua loucura estúpida como
companhia.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">Abandonando
completamente a cautela, ele correu a toda velocidade, esbarrando em guardas
assustados e derrubando-os para fora do caminho, enquanto refreava arquejos da
dor e agonia extrema que lhe subiam pelos pés, sendo enviados das lâminas
posicionadas no chão e impossíveis de serem evitadas e se amaldiçoou por ser
obrigado a deixar suas botas para trás. Então, finalmente, inesperadamente,
esperançosamente a luz do dia surgiu a sua frente. Eles iriam conseguir. Ele
salvaria sua senhora. Eles conseguiriam escap- uma única flecha mortal,
disparada com precisão quase sobre-humana acertou-lhe exatamente entre os
olhos, atravessando sua cabeça e derramando pedaços do cérebro ao seu redor.</span></span><span style="font-family: "Trebuchet MS","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">- Por Apolo Blans Lima </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #999999; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Ps: Apolo é um amigo meu, e vocês devem ter percebido que ele escreve divinamente, e como não tem paciência pra atualizar páginas e publicar seus textos, ele pediu a mim para publicar aqui alguns dele. Devem ter percebido que o estilo dele é um pouco menos delicado que o meu, mas ainda assim fantástico, concordemos. Enfim, é isto. Textos do Apolo pelo menos uma vez por semana. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #999999; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Ps.2: Sim, Apolito se inspirou com meu texto da bruxa, etc. </span></span><br />
<span style="color: #999999; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Beijos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #999999; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 18px;">Larissa Cruz.</span></span></div>
</div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-39173325472286247992013-02-02T16:29:00.002-03:002013-02-02T16:29:40.869-03:00Cinzas de uma inocência.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-d6IFsMy_wWE/T3My7fOh83I/AAAAAAAAJoQ/1f1nPOfnvPI/s1600/Inquisi%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-d6IFsMy_wWE/T3My7fOh83I/AAAAAAAAJoQ/1f1nPOfnvPI/s400/Inquisi%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="253" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela estava no canto do calabouço úmido, os cabelos longos
embaraçados e sujos, o vestido rasgado e em péssimo estado, sua pele marcada
por lesões profundas e sua alma por lesões mais profundas ainda. Acusada de
bruxa, sentenciada e julgada por isso, no entanto não poderia operar qualquer
truque mágico ou surpreendente. Era uma simples camponesa, com o dom de ter
flashes do futuro. Dom, que acreditava ela, Deus lhe tinha dado por ser
merecedora, porém todos diziam que quem morava nela não era o Senhor, e sim o
maligno. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Engoliu em seco, e sua garganta arranhou em protesto, pois
estava muita seca. Ela se moveu na escuridão, as pedras frias do chão do
calabouço lhe servindo de apoio enquanto se arrastava até as grossas barras de
ferro, por onde gritou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Água, água! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma voz grave do guarda veio do corredor, num tom
zombeteiro: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Crie água da pedra, bruxa! Onde está teu poder agora?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela começou a chorar, em desespero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Não sou bruxa! Sou inocente! Deus sabe que nunca fiz nada
de maligno!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- A Inquisição lhe julgou culpada, e é assim que deve ser.
Se tu, mulher, for inocente, Deus Nosso Senhor não permitirá que o fogo lhe
queime. Agora faça silêncio, herege, e espere pela fogueira!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Chorando desesperada, segurou nas barras com força. Seu
destino era a fogueira em algumas horas, quem sabe minutos. Respirou fundo e
pediu a Deus forças, então voltou a ficar quieta na escuridão, o ar pesado e
difícil das profundezas da prisão a faziam sentir-se tonta e mais perturbada
ainda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Algumas horas se passaram, e logo os guardas abriram a cela
e arrastaram a garota pelas correntes e pelos cabelos. Quando saíram do
calabouço e a luz pôde enfim tocar a bruxa, ela se tornou visível à multidão
que ali esperava para ver o castigo de uma pagã. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A garota de longos cabelos loiros e aparência frágil
pareceria inofensiva se a ela não coubesse o título de bruxa, algo inaceitável
na idade média, algo que só teria dois caminhos: morte ou morte pós tortura.
Ela foi arrastada até um mastro de madeira que estava no centro da praça
pública, cercado de madeira e palha. Um frio tomou conta do estômago da bruxa,
e seus pés perderam as forças, fazendo-a ser quase carregada até o mastro, com
violência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Todos a observavam atentamente: o vestido simples e sujo,
com algumas manchas de sangue devido a alguns machucados pelo corpo, as marcas
visíveis de tortura, o rosto pálido e os olhos cor de mel completamente
assustados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A bruxa foi amarrada no mastro com força, fazendo-a ficar
impossibilitada de mover qualquer parte do corpo, e ela chorava e gritava, dizendo
que era inocente, para terem piedade. O padre se aproximou, fez uma oração em
latim e jogou água benta, pedindo que todos os pecados dos quais ela tiver sido
acusada fossem arrependidos e seu corpo purificado pelo fogo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As tochas foram acesas, e a garota gritava mais em
desespero, a multidão vibrava por “justiça divina” enquanto observavam o fogo
se espalhar ao redor da bruxa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ela gritava e chorava, e os incentivos da multidão a
machucavam mais que as próprias chamas. O calor foi aumentando e o fogo se
aproximando, começando a consumi-la. Aos berros, sentiu o fogo tocá-la e
queimá-la, a dor era insuportável. Sentia que estava no inferno sendo inocente.
Num instinto, fechou os olhos e visualizou o futuro certo: Ela completamente
incendiada, tida como bruxa. Apenas uma entre tantas inocentes, apenas uma
vítima da ignorância de um período da história. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os berros cessaram, e antes que o fogo a consumisse por
inteira, ela abriu os olhos e uma lágrima desceu por sua face pálida e coberta
de cinzas. A vidente condenada como bruxa, a bruxa tida como uma possessão
demoníaca, o sábio que falou demais ou ensinou demais, alguém que pensou mais
que devia, todos consumidos pela morte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O fogo tomou conta de todo corpo e alma da garota, restando
no final da fogueira às cinzas de uma inocência. </span><o:p></o:p></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-77552205589482678372012-12-30T16:25:00.001-03:002012-12-30T16:25:17.935-03:00Vamos nos permitir. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/47663322/tumblr_mfuvvyUFXO1roqp1do1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://data.whicdn.com/images/47663322/tumblr_mfuvvyUFXO1roqp1do1_500_large.jpg" width="266" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pois é, mais um ano. E que ano, não é? Passamos por tanta coisa, dificuldades, sufocos. 2012, heim? Quem diria que você não ia acabar com o mundo, mas acabou com a gente. Obviamente, não foram só coisas ruins, não é? Um dia bom, outro nem tanto, e assim a vida segue. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como um ser humano pode mudar tanto em doze meses? Como tudo pode mudar, aliás. Tivemos demonstrações do pior da raça humana, e também do melhor. A gente fica nessa moleza de clichês de Ano novo, e acaba não passando da teoria pra prática. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que no badalar da meia-noite de trinta e um para o primeiro dia do ano, desejemos que a sociedade, a humanidade, melhore. Que consigamos fazer caridade não só no Natal, que pensemos mais no outro, não só em nós mesmos. Que aprendamos que tudo não gira em torno do nosso umbigo, e que as vezes o outro também precisa de atenção e um abraço. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que sejamos sinceros com os outros, e principalmente com nós mesmos. Chega de mentiras, de egoísmo, de falsidade, de mal humor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais tolerância, que tal? Mais educação, gentileza. Não dói dizer um obrigado, com licença, por favor. A gente pode, sim, fazer desse mundo um lugar melhor. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Que 2013 nos traga saúde, paz, alegria, vergonha na cara, disposição, sucesso, força, e todos os outros clichês. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Temos mais 365 dias, mais oportunidades, mais desafios, mais sorrisos, mais lágrimas, mais surpresas. Vamos crescer, mudar pra melhor, vamos nos permitir. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Feliz 2013!</span></div>
Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-82613196973824611692012-07-14T21:47:00.000-03:002012-07-14T21:49:05.925-03:00Nada no mundo poderá destruí-la<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_m75vr9Os501qiorxgo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://24.media.tumblr.com/tumblr_m75vr9Os501qiorxgo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="color: #1b1919; font-family: verdana; font-size: 11px; line-height: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="color: #1b1919; font-family: verdana; font-size: 11px; line-height: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">Ela era uma confusão, uma mistura estranha, mas estranhamente forte. Não é como se não tivesse motivos para fraquejar, ela só não se permitia a isso, não deixava transparecer que havia momentos que simplesmente desabava, porque ela sempre - por mais que estivesse em pedaços - sorria e dizia que estava bem, e permanecia assim, forte e inabalável (ou quase).</span></div>
<div style="color: #1b1919; font-family: verdana; font-size: 11px; line-height: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">É teimosa, revoltada, desobediente. Não gosta de ouvir e abaixar a cabeça, não gosta de prisões. É indomável, enfurecida e sedenta por mais liberdade, dignidade, justiça, valores. É corajosa, enfrenta quem tiver que enfrentar, mas às vezes se acovarda, se inibe para não magoar quem ela ama. Talvez isso seja uma qualidade - ou sua perdição: Ela luta, briga, chora, se doa, por quem ama. </span></div>
<div style="color: #1b1919; font-family: verdana; font-size: 11px; line-height: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">O seu maior medo é que tudo o que ela passe, tudo o que a vida joga nela, e o modo como ela tenta lidar, mate o caráter, mate a doçura e a inocência que ela teima em conservar em seu íntimo. Ela ainda tem esperança no ser humano, ainda acredita no melhor da humanidade e luta por isso, embora isso a machuque e a maltrate, ela simplesmente não cruza os braços e assiste tudo ruir. Faz parte da natureza dela lutar até o último minuto. </span></div>
<div style="color: #1b1919; font-family: verdana; font-size: 11px; line-height: 12px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">Às vezes ela se perde, depois se acha de novo, faz malabarismo com as coisas que acontecem de bom ou de ruim, dança nas tempestades da vida e procura o pote de ouro no fim do arco-íris, e sempre ao se encarar no espelho, ao olhar nos olhos castanhos brilhantes, ela se reconhece, vê que sua essência está preservada, e que nada no mundo poderá destruí-la, destruir sua alma. </span></div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-61435116740302539662012-07-01T15:47:00.004-03:002012-07-01T15:50:21.978-03:00Chuva e arco-íris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://data.whicdn.com/images/31686870/I695227_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://data.whicdn.com/images/31686870/I695227_large.jpg" width="214" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A vida é cheia de altos e baixos. Um dia a gente sofre, no outro também, mas um dia tudo melhora. Não acredito nessa história de "feliz pra sempre", porque acho que "<b>sempre"</b> é tempo demais, e a vida tem o costume de nos fazer surpresinhas às vezes desagradáveis. Não seja bobo, caro leitor, em achar que já sofreu demais. A vida vai te fazer sofrer sempre, vai te dar coisas ruins sempre. A diferença é como você lida com isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Quer saber um erro enorme que costumamos cometer quando estamos passando por tempos difíceis? Desacreditar em tudo e em todos, perder a esperança inclusive em Deus. Quanta besteira. Sofrimento te faz crescer, amadurecer, progredir. Todo mundo (sim, todo mundo!) sofre, não és o único, e o seu sofrimento não é maior do mundo... tem gente tão pior que você, sorrindo e lutando! Por que não lutar também? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Triste mesmo é se deixar abater por uma fase ruim, e não se permitir ver a fase boa, que vem logo após. Quem não aguenta a chuva, não vê o arco-íris, não é? Mas, vamos ser realistas: sempre haverá chuva, sempre haverá arco-íris. Sempre altos e baixos. Por isso, sorria dançando na chuva e olhando o lindo céu renovado e limpo após a tempestade. </span></div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-56104299702772801982012-06-05T14:17:00.001-03:002012-06-05T14:17:58.431-03:00Meu silêncio depois da meia noite.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_m549l3uKnX1qiorxgo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://24.media.tumblr.com/tumblr_m549l3uKnX1qiorxgo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: #f3f3f3; color: #1b1919; line-height: 13px; margin-bottom: 2px; margin-top: 2px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ei, Deus… Tu estás vendo tudo, não é? Sabes exatamente o que ta se passando <a href="http://nutella-e-sorvete.tumblr.com/tagged/myicecreams#" id="_GPLITA_0" in_rurl="http://www.textsrv.com/click?v=QlI6MjEzNDI6MTYxOmFxdWk6NmUwN2QxYjRhNjY2ZmNhMzk5YjQ5NDQ0NTdiMGY3NjU6ei0xMjA5LTM3NjcyOm51dGVsbGEtZS1zb3J2ZXRlLnR1bWJsci5jb20%3D" style="color: #837e7e; text-transform: lowercase;" title="Powered by Text-Enhance">aqui</a> dentro, como eu to, como realmente to, e o que eu quero. Aliás, sabes até o que eu <em> realmente </em>quero, até o que não admito a mim mesma. </span></div>
<div style="background-color: #f3f3f3; color: #1b1919; line-height: 13px; margin-bottom: 2px; margin-top: 2px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Olha meu coração, meu Pai, e faz o que for da tua vontade. Está tudo em Tuas mãos, tudo. Obrigada por me dar força quando eu pensei não ter. </span></div>
<div style="background-color: #f3f3f3; color: #1b1919; line-height: 13px; margin-bottom: 2px; margin-top: 2px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: #f3f3f3; color: #1b1919; line-height: 13px; margin-bottom: 2px; margin-top: 2px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: #f3f3f3; color: #1b1919; line-height: 13px; margin-bottom: 2px; margin-top: 2px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sua filha toda complicada, mas que Te ama muito.</span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: x-small;"> </span></div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-10127171614869011512012-03-17T12:29:00.001-03:002012-03-17T12:31:05.091-03:00A salvação da humanidade.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://data.whicdn.com/images/25006099/420485_184676468312835_101047363342413_304974_1895113174_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://data.whicdn.com/images/25006099/420485_184676468312835_101047363342413_304974_1895113174_n_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Amor. Uma palavra pequena, mas que ao chegar aos ouvidos do ouvinte, provoca pensamentos diversos e talvez até alguns suspiros. Em geral, pensamos nesse sentimento e associamos quase imediatamente a um amor romântico entre casais, tragédias românticas - como Romeu e Julieta, de Shakespeare - ou lindos contos de fada, com príncipes e castelos. Porém, não é associado tão rapidamente à sociedade, amor ao próximo e necessidade de tal sentimento no dia-a-dia.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Manchetes de jornais estampam tantos casos de violência da atualidade - ataques a homossexuais e a mendigos nas ruas, por exemplo - que expressam tanto desamor, falta de respeito e zelo pelo próximo. Trata-se de uma natureza humana repudiar o diferente, o incomum, o socialmente "errado", fazendo assim com que os piores sentimentos humanos aflorem, no lugar do melhor: amor.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Já é previsto nas leis punição contra homofobia, racismo, agressão e outros delitos que afetam diretamente os direitos humanos. As denuncias estão crescendo proporcionalmente a conscientização de que deve-se ter respeito e amor pelo ser humano. Há pessoas que amam e lutam contra o desamor e a violência, então ainda se pode ter esperanças de um mundo melhor.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Sendo assim, é visível o quanto apenas uma pequena palavra, um sentimento forte, pode ser muito mais do que provocador de suspiros e desvaneios: pode ser a salvação da humanidade. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">---------------------------------------------------------------------------</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Obs: Esse texto, caros leitores, foi a minha redação do simulado da escola. O tema era "Amor" visto por um ângulo social. Eu ainda não recebi a nota, mas eu acho que ficou boa, e como é um tema importante, resolvi postá-la aqui. O que acharam? Espero os comentários ansiosamente. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Beijinhos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #999999; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: x-small;">Larissa Cruz.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-24860514644738505942012-02-04T23:25:00.000-03:002012-02-04T23:25:39.680-03:00Só não deixar "o circo pegar fogo"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_BHdeBlGDcEw/TJIKY3cIzHI/AAAAAAABnDg/LxwTcAWYGKc/s1600/equilibrista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/_BHdeBlGDcEw/TJIKY3cIzHI/AAAAAAABnDg/LxwTcAWYGKc/s320/equilibrista.jpg" width="253" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A vida parece um espetáculo de circo. Você nasce, e o Equilibrista dá os primeiros passos no picadeiro, e todos olham pra ele querendo descobrir o há para se ver. Ai você cresce e passa pela infância, e o equilibrista está começando as acrobacias leves, aquelas para criar expectativa. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E a sua juventude começa, e a apresentação fica mais inusitada, perigosa; Um erro do equilibrista, e tudo pode ir por água abaixo, no entanto, a beleza do perigo está a vista. Você conhece alguém, tem filhos, os vê crescer e aprender – E o equilibrista está fazendo os movimentos mais delicados e bonitos, aqueles que dão o gostinho no ápice. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">E ai, a velhice chega, e a morte com ela. E o equilibrista? Ah, ele dá a sua pirueta final e sai do picadeiro com um sorriso gigantesco, afinal, fez o seu trabalho, deu vida ao seu show, e mostrou ao que veio. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Viva, mostre ao que veio, apenas tome cuidado para não deixar “o circo pegar fogo”. </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1636311613126776477.post-51302960660871635092011-12-31T17:46:00.000-03:002011-12-31T17:46:51.171-03:00Novo recomeço.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://data.whicdn.com/images/20320801/399198_356215401061059_100000178056372_1669855_574033785_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/20320801/399198_356215401061059_100000178056372_1669855_574033785_n_large.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acho impressionante como nós, seres humanos, conseguimos recomeçar, renovar esperanças, sonhos, tirar forças quando achamos impossível. É reconfortante saber que tudo muda, e que novos períodos sempre estão começando. Amanhã, será um novo começo. Uma nova chance pra quem precisa, uma nova esperança pra fortalecer a todos na luta de cada dia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Esse ano de 2011 foi cheio de diferentes emoções. Você chorou até rir de si mesmo, e riu até chorar. Você passou por momentos felizes sem motivos, e outros deprimentes sem razão. Acordou feliz e foi dormir triste, ou vice e versa. Somos inconstantes, mudamos a cada dia. Não sou a mesma de ontem, nem amanhã serei a mesma que sou hoje. Ainda bem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acho que ano novo nada mais é do que mudança, uma mudança maior. E quer saber? Faça tudo o que puder fazer em 2012! Faça com que valha a pena, faça com que na virada de 2012 para 2013, você repense no ano que passou e conclua que você foi feliz como pôde, e que no próximo ano que vier, vai ser ainda melhor do que o que passou. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Feliz ano novo, feliz recomeço. A hora é agora. </span></div>Larissa Cruzhttp://www.blogger.com/profile/08384823645194886475noreply@blogger.com0