quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Então, querido 2014...


Meu caro ano novo, você chegou de surpresa, sem me deixar me acostumar com a ideia que o ano velho já estava nos seus últimos suspiros. O que eu devo esperar de você? Há tantas possibilidades, há... tantas novas formas de me sentir alegre, feliz, triste, dolorida, infeliz, emocionada, sentimental! Há tantas que chega a me dar medo. 
Não peço que me surpreenda porque essas surpresas da vida tem sido bem desagradáveis, então peço que me deixe te surpreender, e que me dê uns puxões de orelha para que eu realmente tente te surpreender. Você ta chegando e automaticamente me faz lembrar que eu não sou mais criança, que estou velha demais pra não me preocupar com dezenas de coisas que agora eu enxergo, e me esfrega na cara também as tantas liberdades que agora estão diante de mim e eu tenho que batalhar para conquistar. Ah, sim, você pesa, querido ano, e a idade então? Pesa demais. 
Tenho tentado não esperar muito de você, deixar as minhas expectativas baixas, já que o primeiro dia do seu reinado dentro de mim está com um clima um tanto melancólico. Não sou supersticiosa, não acho que isso seja um mal presságio, mas é que o ano velho me deu muito de melancolia, só queria agora um pouquinho que seja de alegria, entende? Não desprezando nosso velhote, agradeço pela oportunidade de vivê-lo, mas não vou ser hipócrita de dizer que foi um ano bom. Digamos que houve árduas batalhas e vitórias grandiosas, mas que como toda combatente, fiquei um pouco ferida. Logo serão só cicatrizes, não é? Estou contando com você e o tempo para que elas se fechem, querido ano-bebê. 
De qualquer modo, seja bonzinho, ta bom? Prometo tentar lhe aproveitar bem. E sobre aqueles sonhos sussurrados durante o seu nascimento, à meia noite... por favor, faça-os real. Uma mão lava a outra, que tal? Serei grata. 
Nos falaremos daqui a 364 dias, 2014. Até.

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