domingo, 30 de dezembro de 2012

Vamos nos permitir.


Pois é, mais um ano. E que ano, não é? Passamos por tanta coisa, dificuldades, sufocos. 2012, heim? Quem diria que você não ia acabar com o mundo, mas acabou com a gente. Obviamente, não foram só coisas ruins, não é? Um dia bom, outro nem tanto, e assim a vida segue. 
Como um ser humano pode mudar tanto em doze meses? Como tudo pode mudar, aliás. Tivemos demonstrações do pior da raça humana, e também do melhor. A gente fica nessa moleza de clichês de Ano novo, e acaba não passando da teoria pra prática. 
Que no badalar da meia-noite de trinta e um para o primeiro dia do ano, desejemos que a sociedade, a humanidade, melhore. Que consigamos fazer caridade não só no Natal, que pensemos mais no outro, não só em nós mesmos. Que aprendamos que tudo não gira em torno do nosso umbigo, e que as vezes o outro também precisa de atenção e um abraço. 
Que sejamos sinceros com os outros, e principalmente com nós mesmos. Chega de mentiras, de egoísmo, de falsidade, de mal humor. 
Mais tolerância, que tal? Mais educação, gentileza. Não dói dizer um obrigado, com licença, por favor. A gente pode, sim, fazer desse mundo um lugar melhor. 
Que 2013 nos traga saúde, paz, alegria, vergonha na cara, disposição, sucesso, força, e todos os outros clichês. 
Temos mais 365 dias, mais oportunidades, mais desafios, mais sorrisos, mais lágrimas, mais surpresas. Vamos crescer, mudar pra melhor, vamos nos permitir. 
Feliz 2013!

sábado, 14 de julho de 2012

Nada no mundo poderá destruí-la



Ela era uma confusão, uma mistura estranha, mas estranhamente forte. Não é como se não tivesse motivos para fraquejar, ela só não se permitia a isso, não deixava transparecer que havia momentos que simplesmente desabava, porque ela sempre - por mais que estivesse em pedaços - sorria e dizia que estava bem, e permanecia assim, forte e inabalável (ou quase).
É teimosa, revoltada, desobediente. Não gosta de ouvir e abaixar a cabeça, não gosta de prisões. É indomável, enfurecida e sedenta por mais liberdade, dignidade, justiça, valores. É corajosa, enfrenta quem tiver que enfrentar, mas às vezes se acovarda, se inibe para não magoar quem ela ama. Talvez isso seja uma qualidade - ou sua perdição: Ela luta, briga, chora, se doa, por quem ama. 
O seu maior medo é que tudo o que ela passe, tudo o que a vida joga nela, e o modo como ela tenta lidar, mate o caráter, mate a doçura e a inocência que ela teima em conservar em seu íntimo. Ela ainda tem esperança no ser humano, ainda acredita no melhor da humanidade e luta por isso, embora isso a machuque e a maltrate, ela simplesmente não cruza os braços e assiste tudo ruir. Faz parte da natureza dela lutar até o último minuto. 
Às vezes ela se perde, depois se acha de novo, faz malabarismo com as coisas que acontecem de bom ou de ruim, dança nas tempestades da vida e procura o pote de ouro no fim do arco-íris, e sempre ao se encarar no espelho, ao olhar nos olhos castanhos brilhantes, ela se reconhece, vê que sua essência está preservada, e que nada no mundo poderá destruí-la, destruir sua alma. 

domingo, 1 de julho de 2012

Chuva e arco-íris

          A vida é cheia de altos e baixos. Um dia a gente sofre, no outro também, mas um dia tudo melhora. Não acredito nessa história de "feliz pra sempre", porque acho que "sempre" é tempo demais, e a vida tem o costume de nos fazer surpresinhas às vezes desagradáveis. Não seja bobo, caro leitor, em achar que já sofreu demais. A vida vai te fazer sofrer sempre, vai te dar coisas ruins sempre. A diferença é como você lida com isso.
       Quer saber um erro enorme que costumamos cometer quando estamos passando por tempos difíceis? Desacreditar em tudo e em todos, perder a esperança inclusive em Deus. Quanta besteira. Sofrimento te faz crescer, amadurecer, progredir. Todo mundo (sim, todo mundo!) sofre, não és o único, e o seu sofrimento não é maior do mundo... tem gente tão pior que você, sorrindo e lutando! Por que não lutar também? 
         Triste mesmo é se deixar abater por uma fase ruim, e não se permitir ver a fase boa, que vem logo após. Quem não aguenta a chuva, não vê o arco-íris, não é? Mas, vamos ser realistas: sempre haverá chuva, sempre haverá arco-íris. Sempre altos e baixos. Por isso, sorria dançando na chuva e olhando o lindo céu renovado e limpo após a tempestade. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Meu silêncio depois da meia noite.


Ei, Deus… Tu estás vendo tudo, não é? Sabes exatamente o que ta se passando aqui dentro, como eu to, como realmente to, e o que eu quero. Aliás, sabes até o que eu  realmente quero, até o que não admito a mim mesma. 
Olha meu coração, meu Pai, e faz o que for da tua vontade. Está tudo em Tuas mãos, tudo. Obrigada por me dar força quando eu pensei não ter. 


Sua filha toda complicada, mas que Te ama muito. 

sábado, 17 de março de 2012

A salvação da humanidade.

         Amor. Uma palavra pequena, mas que ao chegar aos ouvidos do ouvinte, provoca pensamentos diversos e talvez até alguns suspiros. Em geral, pensamos nesse sentimento e associamos quase imediatamente a um amor romântico entre casais, tragédias românticas - como Romeu e Julieta, de Shakespeare - ou lindos contos de fada, com príncipes e castelos. Porém, não é associado tão rapidamente à sociedade, amor ao próximo e necessidade de tal sentimento no dia-a-dia.
          Manchetes de jornais estampam tantos casos de violência da atualidade - ataques a homossexuais e a mendigos nas ruas, por exemplo - que expressam tanto desamor, falta de respeito e zelo pelo próximo. Trata-se de uma natureza humana repudiar o diferente, o incomum, o socialmente "errado", fazendo assim com que os piores sentimentos humanos aflorem, no lugar do melhor: amor.
          Já é previsto nas leis punição contra homofobia, racismo, agressão e outros delitos que afetam diretamente os direitos humanos. As denuncias estão crescendo proporcionalmente a conscientização de que deve-se ter respeito e amor pelo ser humano. Há pessoas que amam e lutam contra o desamor e a violência, então ainda se pode ter esperanças de um mundo melhor.
          Sendo assim, é visível o quanto apenas uma pequena palavra, um sentimento forte, pode ser muito mais do que provocador de suspiros e desvaneios: pode ser a salvação da humanidade. 

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Obs: Esse texto, caros leitores, foi a minha redação do simulado da escola. O tema era "Amor" visto por um ângulo social. Eu ainda não recebi a nota, mas eu acho que ficou boa, e como é um tema importante, resolvi postá-la aqui. O que acharam? Espero os comentários ansiosamente. 
Beijinhos.
Larissa Cruz.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Só não deixar "o circo pegar fogo"


A vida parece um espetáculo de circo. Você nasce, e o Equilibrista dá os primeiros passos no picadeiro, e todos olham pra ele querendo descobrir o há para se ver. Ai você cresce e passa pela infância, e o equilibrista está começando as acrobacias leves, aquelas para criar expectativa.
E a sua juventude começa, e a apresentação fica mais inusitada, perigosa; Um erro do equilibrista, e tudo pode ir por água abaixo, no entanto, a beleza do perigo está a vista.  Você conhece alguém, tem filhos, os vê crescer e aprender – E o equilibrista está fazendo os movimentos mais delicados e bonitos, aqueles que dão o gostinho no ápice.
E ai, a velhice chega, e a morte com ela. E o equilibrista? Ah, ele dá a sua pirueta final e sai do picadeiro com um sorriso gigantesco, afinal, fez o seu trabalho, deu vida ao seu show, e mostrou ao que veio.
Viva, mostre ao que veio, apenas tome cuidado para não deixar “o circo pegar fogo”.