Às vezes me pergunto: de que adianta sermos, no geral, seres capazes de pensar racionalmente, agir com plena consciência, nos adaptar a certas situações e de outras tantas se, diante do amor, somos seres completamente manipuláveis, completamente irracionais, tolos mesmo? Ah! Esse sentimento que deveria ser sinônimo de libertação, de amadurecimento, acaba por tornar-nos dependentes, infantis e até egoístas mesmo que de forma inconsciente. Inconsciente, inconsciente... Essa é sem dúvida uma palavra que combina com amor. Certa vez alguém me disse que, diante desse sentimento tão estranho e incompreensível, mesmo o ser mais racional e cauteloso se torna frágil e inseguro, apto a fazer escolhas erradas e tomar decisões precipitadas. Sendo assim, estamos fadados a viver de forma irracional, acorrentados, cometendo erros, irremediáveis ou não, e sofrendo, ah! mas sofrendo muito pois só quem ama ou amou, sabe o que é sofrer... E talvez aqueles que não amam também conheçam o sofrimento, mas de uma forma diferente, eu descreveria como uma espécie de vazio. Sim, vazio, pois o amor é o que preenche nossas vidas e que nos torna capazes de sentir raiva, alegria, medo, compaixão, plenitude enfim, para mim só podem ser chamados de humanos aqueles que amam. Escolher amar é escolher viver, escolher ser humano, escolher sofrer e saber valerá à pena e, acima de tudo, escolher ser e fazer outras pessoas felizes.
Thayse Guedes.
Ps: Esse texto foi escrito por minha amiga Thayse que tem um talento para a escrita fantástico e palavras profundas. Obrigada pela cooperação no nosso blog, Thay!
Nenhum comentário:
Postar um comentário