quarta-feira, 23 de junho de 2010

Segredos, desabafos...


Eles estavam sentados em umas escadas da rua vazia, a noite fria os cercava. Os segredos, os desabafos, todos os suspiros pesados de insegurança e receios dele haviam caido por terra quando ela, meio que sobrenatural, ou por conhece-lo bem demais, com um sussurro disse exatamente o problema pelo que ele estava passando. Ela vinha tentando descobrir qual o problema, mas sempre se escondendo, ele trocava de assunto. Agora, ela sabia e queria ajudá-lo. Ela desprezou o problema, disse que aquilo não mudava quem ele era. Ele, de cabeça baixa, sentiu-se aliviado por poder contar a ela o que não conseguia expor para o mundo. Ela cutucou e fez cócegas na barriga dele, ele gargalhou e mostrou a língua. Ela se levantou, puxando-o pela mão e em meio a gargalhadas disse "vem, seu crianção!", ele apenas sorriu e se levantou para segui-la. Ele pego-a em um abraço apertado e sorrindo disse "você é muito chata, garota!" e dando um beijo em seu rosto, a largou. Ela mostrou a língua para ele e cruzou os braços, feito criança birrenta; ele gargalhou daquela cena e pegando-a pela mão começou a caminhar pela rua vazia, em meio a noite fria.  

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