Debaixo das cobertas, eu encontro um lugar em que posso pensar em silêncio e profundamente, um lugar só meu. Lá, no meio da noite, eu pego uma lanterna e fico a ler os livros que não tenho tempo de ler durante o dia. Lá, eu fico escutando as músicas que meu dia estressante não me permite escutar.
Lá, eu pego o celular e ligo para as amigas, e o cobertor abafa as fofocas como ninguém. Lá, eu posso ser eu mesma durante o curto tempo em que espero o sono chegar e me deixar inconsciente. Só ele me cobre e me conforta quando preciso, só ele absorve as lágrimas.
Talvez refúgio, talvez esconderijo.
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